sábado, 26 de maio de 2012

Uma cidade e Muitas Histórias


Tenho tido a percepção de que a cidade de Nova Andradina-MS, é a menina dos olhos de muita gente, especialmente de pecuaristas e políticos, perceptivelmente notabilizamos que a cidade também é fruto de uma bela História Política, haja vista Antonio Joaquim de Moura Andrade, não veio conhecer estas terras por mera coincidencia ou acaso. Ainda é possivel salientar de o período ser da chamada Marcha para Oeste brasileiro, sonho criado pelo presidente Getulio Vargas na década de 1930.
Neste sentido vale ressaltar o empreendedorismo de Moura Andrade, que comprara algumas terras na região do atual vale do Ivinhema, se encantou por outras e deu-se ao compromisso de solidificar suas riquezas em terras do Estado de Mato Grosso. Bom, com este homem algumas figuras de época tornaram-se memoráveis, inesqueciveis, imprescindiveis para o acontecimento de uma futura cidade. Quando falamos com familiares destes, logo ressaltam da memória os nomes de Geraldo Lima, João Teodoro Braga, Geraldo Rezende, Durval Andrade Filho, entre outros que formaram a chamada classe reconhecida de Nova Andradina.
No dia 20 de dezembro de 1958, por meio da Lei nº. 1.189, foi criado o município de Nova Andradina, e como foi dito em linhas anteriores houve intermédio político, o Senador Auro Soares de Andrade, filho do dono da empresa colonizadora, é, o mesmo que solicitou em 1962, após a morte do pai, e as máquinas que o pai havia comprado para abrir a cidade, fossem retiradas e levadas para Andradina, interior do Estado de São Paulo. Uma história mais recente não é tão apaixonada pelos heróis de nomes expressivos, mas de heróis esquecidos pela midia, ou a sociedade mais abrangente, esta história costuma revelar pessoas que ficaram escondidas nas fotografias e provavelmente quando apareceram, seus nome sequer foram citados. A cidade de 52 anos tem moradores que podem ser chamados de desbravadores, homens de gana, de paixão pela terra, relevantes ao processo de colonização.
Neste sentido, vale ressaltar os quantos homens e familias foram essenciais para o crescimento e desenvolvimento de Nova Andradina, suas influencias e seus embates em diversos ramos de trabalho. Não obstante, é necessário lembrar que não apenas dos compradores e vendedores de madeira e gado foi construído o espaço, mas também daqueles que cortavam a madeira e campeava o gado no pasto, ou seja, o trabalho manual, a mão-de-obra, é um fator indelével do passado de uma cidade.
Enfim, o sentido deste texto é salientar a necessidade do reconhecimento aos que de alguma maneira contribuíram para a construção de Nova Andradina, vislumbrando não apenas quem comprou e edificou este ou aquele estabelecimento, mas também os participantes e fortes colaboradores para a realização da situação. É preciso que a nossa história identifique os motoristas de caminhão de tora, o da patrola, do jipe, identificar as casas de madeira que o tempo está a ruir, principalmente no Bairro Vila Operária de Nova Andradina e precisa ao menos ser fotografado e entregue ao museu municipal. Parece banal, mas a zona de baixo meretrício de Nova Andradina, ainda faz parte de uma história presente, de maneira alguma pude ver ressaltado na imprensa as mulheres que um dia foram essenciais para o lazer de políticos, delegados, fazendeiros e outros. Indicamos ainda questionar senhores já bem velhinhos em lugares bem recantados de Nova Andradina. Por exemplo, alguém sabe o porquê de antigamente a Vila Operária, ser chamada de MALOCA? Legal. Eu sei. Ahhh, e sei também quem sabe. Indaguem a memória popular. O passado é um requinte presente na memória de muitos.
 
Foto - Construção da Igreja Matriz, 1972. Da esquerda para direita: Cassimiro Araújo, Antonio Defaveri, Luiz Defaveri e atrás um cidadão conhecido como Frango Duro.

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